terça-feira, junho 05, 2007

PRÉMIO DE REVELAÇÃO ARTÍSTICA D. BENTA DE AGUIAR

A Conferência de Imprensa realizada no Bazar das Monjas de Coz na tarde do passado dia 5 de Junho, deu o "pontapé de saída" de um projecto cultural inovador, o Prémio de Revelação Artistica D. Benta de Aguiar (PRADBA). A Conferência de Imprensa, que contou com a presença de jornalistas dos principais órgãos de informação locais e regionais, serviu para fazer a apresentação formal do projecto, que terá como Comissário o conhecido jornalista, escritor e animador cultural alcobacense José Alberto Vasco, autor do Blog Nas Faldas da Serra.


Este projecto que visa promover Cós e o seu património natural e cultural, bem como incrementar o conhecimento existente relativo a esse mesmo património, nasce da vontade de uma entidade dita "privada", o Bazar das Monjas de Coz, desde a sua fundação apostada na cultura e na divulgação e valorização do património da freguesia de Cós, mostrando assim a sua convicção de que é sobretudo pelos cidadãos, pelas empresas, e pelas instituições da comunidade local que pode passar a defesa e a valorização daquilo que afinal a todos pertence. Até para que o Estado funcione melhor, e possa fazer pela defesa de tais bens aquilo que efectivamente pode e deve. O Bazar das Monjas conta com o apoio de todos vós para que este projecto possa ser um êxito. Nós ganharemos com isso, mas estamos em crer que não seremos os únicos, e muito menos os últimos!

Resta-nos agradecer os apoios que localmente obtivémos para o lançamento do PRADBA, nomeadamente:

A Junta de Freguesia de Cós;
A Confraria do Santíssimo Sacramento da Freguesia de Cós;

A Paróquia de Cós;

O Agrupamento de Escuteiros 522 Cós.

O Regulamento do PRADBA 2007 e outras informações úteis sobre o prémio poderão ser consultadas no BLOG OFICIAL DO PRADBA 2007.

A todos bem-hajam pois, e votos de BONS TRABALHOS!

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segunda-feira, junho 04, 2007

2007 é Ano de Festa para o Escutismo!

Robert Stephenson Smyth Baden Powell. Aparentemente é um nome como outro qualquer, no entanto identifica um homem que deixou uma obra notável. Como ele próprio dizia e ensinava, deixou o mundo um pouco melhor do que o encontrou. B.P. nasceu em 22 de fevereiro de 1857 em Inglaterra, tendo sido um ofícial das forças de S. Magestade distintíssimo. Em 1907, funda o escutismo a obra que irá perpetuar o seu nome. Essa obra é sem dúvida uma das melhores escolas de formação da juventude. Dois mil e sete, é pois, o ano do primeiro centenário do ESCUTISMO. Tão importante acontecimento, vai ter as comemorações devidas, havendo a destacar o percurso de uma chama que vai percorrer o mundo. Essa chama vai passar no próximo dia 29 em Cós, fazendo aí uma paragem. Convidamos todos os interessados a estarem presentes no próximo dia 29 pelas 16 horas e 30 minutos para assim podermos homenagear tão importante obra e o seu fundador

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domingo, junho 03, 2007

Visitas ao Mosteiro de Cós

No passado dia 30 Junho de 2007 o Mosteiro de Santa Maria de Cós, foi visitado por cerca de duzentas pessoas ou mais da Carneca da Venda do Pinheiro. O parque era pequeno para os quatro autocarros e carros particulares.

Na condução da visita podémos utilizar os conhecimentos que vamos adquirindo nos encontros com o Senhor Gérard Leroux, da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, que tão gentilmente nos tem recebido.

No final a satizfação dos visitantes era grande por terem podido visitar e contemplar esta joia Cistercience. Pelas perguntas feitas e pelo interesse demonstrado, muitos voltarão por certo.




Raquel Romão e J. Elias Jorge

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sábado, junho 02, 2007

Coz ou Cós?

Coz ou Cós?

Uma das questões mais interessantes na nossa freguesia tem a ver com o grafismo do seu nome. Actualmente coexistem duas variantes, “Cós” e “Coz”, parecendo haver alguma confusão quanto à forma correcta da designação. De forma a clarificarmos este assunto, procurámos investigar sobre o tema e chegámos a algumas observações curiosas.

Desde logo que o nome evoluiu ao longo do tempo e que a sua origem é incerta. Historiadores como Pedro Barbosa e Maria da Luz Moreira não excluem a hipótese de o nome ter uma origem árabe, podendo derivar de “al-qos, que significaria “célula de eremita”, de onde teria derivado também o topónimo “Alcouce. Outros autores, como José Pedro Machado, referem uma possível origem grega do nome: Kôs, pelo latim Cos (ao lado de Coos e Cous). Para percebermos a evolução do nome ao longo do tempo é importante que passemos brevemente em revista a história da ortografia da língua portuguesa. Nela é possível reconhecer três períodos distintos:

a) o período fonético, que prevaleceu até ao século XVI, e durante o qual se procurava representar foneticamente os sons da fala. São desta fase as designações que aparecem na documentação alcobacense latino-medieval “Quod, “Cod, “Côod, “Quose “Coz, tal como referem os historiadores Cristina Sousa e Saul Gomes. É também deste período a carta de doação de 1153 feita por D. Afonso Henriques à Ordem de Cister, na qual aparece a designação “Coz: “quomodo partit cum ipso Andano et ferit in ipsam aquam de Coz;

b) o segundo período da história da ortografia da língua portuguesa é designado por autores como Manuel Mendes de Carvalho por período pseudo-etimológico, e estende-se desde o século XVI até 1911. Ele caracterizou-se pela influência crescente do Latim na escrita, resultado da tendência, muito patente no Renascimento, de admiração pelos tempos clássicos e, em particular, pelo Latim. Daqui resultou o aparecimento de inúmeras consoantes duplas, o aparecimento dos grupos ph, ch, th, rh, que antes praticamente ninguém usava (o grafismo do topónimo “Nazareth” remonta a este período). Durante este período o topónimo escrevia-se “Coz” mas também já “Cós”, como aparece por exemplo em alguns documentos históricos conventuais datados de 1823;

c) o terceiro período corresponde ao período moderno, e vai grosseiramente desde 1911 até à actualidade. A proliferação das grafias complicadas e a anarquia ortográfica, cujo apogeu acontece nos finais do século XIX, levam em 1911 o Governo a nomear uma comissão para estabelecer a ortografia a usar nas publicações oficiais. Desta comissão fazia parte o insigne foneticista Gonçalves Viana, tendo a nova ortografia sido oficializada por portaria de 1 de Setembro de 1911. Esta reforma (republicana) da ortografia, a primeira oficial em Portugal, foi profunda e modificou completamente o aspecto da língua escrita. Teve, como seria inevitável, muitas reacções adversas na sociedade. É deste período o grafismo oficial de “Cós”, que até hoje se mantém.

Curioso foi o facto recente, de há talvez menos de duas décadas, de algumas instituições terem feito renascer o antigo topónimo “Coz”, talvez em virtude da sua maior simplicidade gráfica. O facto é que hoje os dois grafismos coexistem, algo erradamente portanto. Porém a nível oficial a designação correcta deverá ser “Cós” e não “Coz”. A utilização hodierna do topónimo “Coz” parece-nos todavia desculpável no contexto, se assim quisermos designá-lo, da “sociedade civil”. Isto se levarmos em conta por um lado a irrazoabilidade de se alterarem por decreto os nomes próprios de lugares (o que veio a acontecer também durante o Estado Novo), e por outro o facto de o topónimo “Coz”, além de ter uma reconhecida fundamentação histórica, ter sido poupado às “modas” latinizantes do período pseudo-etimológico.

Agradecimento: ao Senhor Professor Gérard Leroux, do arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, pela valiosa ajuda na pesquisa efectuada sobre este assunto.

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