segunda-feira, outubro 08, 2007

Troféu PRADBA 2007

PRÉMIO DE REVELAÇÃO ARTÍSTICA

D. BENTA DE AGUIAR

PRADBA 2007

COMUNICADO DE IMPRENSA

Cós – Alcobaça, 8 de Outubro de 2007

De acordo com a estratégia definida para a divulgação do Prémio de Revelação Artística D. Benta de Aguiar (PRADBA), é com grande prazer que vos anunciamos agora o Troféu PRADBA 2007, da autoria da escultora Madalena Metelo, e que foi produzido por sugestão do nosso querido amigo e consagrado escultor alcobacense José Aurélio, durante um estágio realizado pela autora no seu atelier em Alcobaça durante o Verão de 2007 .

Madalena Metelo nasceu em Lisboa em 1981. É elemento do Centro de Estudos Volte Face - Medalha Contemporânea e elemento fundador do Núcleo de Escultura, sedeado na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL). Entre 1987 e 1998 estudou Piano e Formação Musical em escolas particulares e no Orfeão de Leiria. Em 1999 ingressou na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, tendo ali frequentado o 2º ano do curso de Pintura. Em 2003 concluiu o Bacharelato em Artes Plásticas - Escultura pela mesma Faculdade. Paralelamente frequentou cursos nas áreas da História da Arte, Medalhística, Fundição e Raku em Universidades e Museus Portugueses. Em 2005 concluiu a sua Licenciatura em Artes Plásticas - Escultura. Especializou-se na tecnologia de Escultura em Pedra. Frequentou também os cursos de Cerâmica, Fotografia, Desenho, Medalhística e Escultura em Metal na mesma FBAUL. Participou em diversos concursos na área da Escultura, Medalha e Troféu. Em 2007 realizou o Curso de Cerâmica Criativa no CENCAL, Caldas-da-Rainha, com estágio curricular orientado pelo escultor José Aurélio, durante o qual executou o Troféu PRADBA 2007.


A obra ilustra a frase do epitáfio de D. Benta de Aguiar: "Benta na Vida, Águia na subida ao Ceo". Trata-se de uma peça cerâmica de grande beleza e sobriedade plástica, de cor branca, com cerca de 30 cm de altura e com um peso de cerca de 0,6 kg.




Águia ou pomba, poema que não se abraça

enlevado pela claridade de um céu infinito,

que agradece ao vento o vértice das alturas.

Comba alva que se eleva

acima de tudo o que as asas alcançam,

máxima essência da alma despegada

assim da cruz de uma vida feita

como quem entalha um sonho.


Estelo de vidas encantadas, perpétuo

Regaço de mulheres castas em clausura,

Orando e benzendo o pão.

Orando e colhendo vergônteas perfumadas

De alecrim e rosmaninho cerca adentro.


Quantas dádivas de Deus reveladas, quantas noites

de sacrifício nesses outonos de Cós

Tão intensos de frio e nevoeiros!

Quantas visões de futuro, quantas místicas visões

De fome atroz e reverenciais temores, de batalhas perdidas

E vencidas, lutando por fora e por dentro

Onde o mais puro silêncio de nós enraíza!


O teu coração de menina, piedoso e certo

Entregaste-o a Deus Pai qual um troféu

Foste benta em vida, foste pomba,

Foste depois águia na subida ao Céu.


Poema: Valdemar Rodrigues; Fotos: J. Elias Jorge

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