segunda-feira, setembro 29, 2008

Modernos são os Clássicos

FEDERICO FELLINI:

"AMARCORD" NO CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA

30 DE SETEMBRO | 14h 30 e 21h 30


FEDERICO FELLINI

Um dos mais visionários cineastas italianos de sempre, Federico Fellini, toma nos próximos dois meses, o lugar central do ciclo MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS, onde poderemos ver este mês e no próximo duas das obras mais carismáticas do realizador em cópia restaurada de 35 mm, no Grande Auditório do CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA.

Para começar, já no próximo dia 30 DE SETEMBRO, terça-feira, teremos um dos mais emblemáticos filmes realizados por este mestre italiano: AMARCORD, obra nostálgica e autobiográfica que viaja até à pequena vila de Rimini durante o regime fascista de Mussolini; um mundo onde a ficção e a realidade, a fantasia e o mundo exterior se confundem constantemente. AMARCORD venceu em 1974 o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e tornou-se imediatamente um clássico do cinema para todas as idades. O filme será apresentado como abertura do ciclo dedicado a Federico Fellini em duas sessões diárias (pelas 14h 30 e 21h 30) no Grande Auditório do CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA. Já a 21 de Outubro, será a vez de observarmos A DOCE VIDA (1958).

"Ainda hoje, o que mais surpreende em AMARCORD é o facto de estarmos perante uma fabulosa proeza de sofisticação técnica e industrial e, ao mesmo tempo, um exercício eminentemente pessoal de Fellini. Ao evocar Rimini, a sua cidade natal, o autor de A DOCE VIDA (1958), [...] elaborava uma espécie de delirante bloco-notas das suas memórias mais íntimas. AMARCORD existe, assim, como um gigantesco painel humano, onde, de uma só vez, podemos descobrir um exercício radical de introspecção e uma apoteose do cinema como fenómeno maior do que a vida. Era ainda o tempo, afinal, em que o cinema italiano era uma referência central na dinâmica de todo o cinema europeu."

João Lopes, Premiere, Agosto de 2003

MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS é um ciclo de reposições a decorrer no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça durante o ano inteiro de 2008 e com uma sessão mensal dedicada a alguns dos maiores clássicos da história do cinema.

Empenhado em evocar a obra dos mais importantes nomes da Sétima Arte, esta organização tenta contrariar a ideia da modernidade como uma mera "condição do presente" rigidamente centrada nos códigos de produção actual (isto quando sabemos que o verdadeiro cinema moderno nasceu há várias décadas atrás), mostrando-o através de cineastas incontornáveis como Charles Chaplin, Jacques Tati, Federico Fellini, Alfred Hitchcock, entre outros.