terça-feira, junho 13, 2006

O Problema do Acesso dos Visitantes ao Mosteiro de Santa Maria de Cós

Embora sejam conhecidas as condições actuais de degradação da envolvente do Mosteiro de Santa Maria de Cós, incluindo o que resta dos dois pisos do dormitório das religiosas, cuja requalificação ansiosamente se aguarda, o facto é que o edifício correspondente à igreja, sacristia e coro das monjas constitui, para além do seu valor histórico, um conjunto de rara beleza e valor patrimonial. Os vários trabalhos de restauro e conservação levados a efeito pelos sucessivos governos da república, e o zelo da comunidade católica local no cuidado de tão valioso monumento nacional, têm permitido valorizar e manter este património, sendo de realçar os excelentes trabalhos de restauro do cadeiral do coro, bem como do tecto da nave central do templo.

Actualmente este magnífico conjunto patrimonial encontra-se encerrado ao público durante a maior parte do ano. As raras visitas ao local acontecem casuisticamente, em regra fruto da boa vontade da paróquia local, e sem qualquer acompanhamento qualificado. O Mosteiro não tem horário de abertura ou de encerramento, e a única certeza que existe em matéria de horário de funcionamento tem a ver com o calendário das cerimónias religiosas, designadamente as missas nas manhãs de Domingo.

Durante os dois meses de Verão tem acontecido haver alguém destacado através do Centro de Emprego de Alcobaça que presta serviços de apoio aos visitantes, em geral sem um horário bem definido ou apenas, como sucedeu no ano corrente, apenas da parte da tarde.

A situação descrita afigura-se de todo inaceitável, impeditiva do desenvolvimento do sector do turismo e nefasta para a economia local e nacional.

Há já algum tempo que o Bazar das Monjas vem desenvolvendo esforços no sentido de tentar mudar este estado de coisas, designadamente através de contactos com as entidades locais, pelo que continuamos a acreditar ser possível, além de desejável, aproveitar opotencial turístico oferecido pelo riquíssimo espólio monumental existente na freguesia de Cós, e especialmente na sede de freguesia, onde pontifica o seu magnífico Mosteiro Havemos pois de continuar, na esperança de chegarmos a uma solução que a todos convenha.

Etiquetas: , ,

sábado, junho 10, 2006

II Aniversário do Bazar das Monjas de Coz


Exposição de Desenhos a Lápis de Grafite de Antunes

Sobre o Autor

No II Aniversáio da sua Fundação, o Bazar das Monjas de Coz apresenta a exposição "Desenhos a Lápis de Grafite de Antunes", de José Ribeiro Antunes. O autor nasceu em Montes, freguesia
de Montes, concelho de Alcobaça, a 17 de Fevereiro de 1961. Começou a desenhar com cerca de cinco anos de idade, por influência de seu tio, Luís Bonifáio Antunes (1927-1972), talentoso escritor e brilhante jornalista alcobacense. José Antunes nunca deixou desde então de desenhar, sendo o desenho a lápis de grafite uma das técnicas em que se especializou. Participou em diversas exposições individuais e colectivas, tendo sido responsável pela rubrica “Desenhos e Caricaturas de Antunes”, publicada ininterruptamente no quinzenáio O Alcoa ao longo dos anos de 2000 e 2001. José Antunes trabalha há 26 anos na fábrica de porcelanas SPAL, S.A. em Alcobaça, onde actualmente exerce as funções de modelador cerâmico.
(c) Antunes
Acerca da Exposição

Nesta mostra José Antunes expõe uma selecção de desenhos realizados ao longo das últimas duas décadas, incluindo diversos retratos, alguns de gente famosa, caricaturas, bem como alguns temas de maior profundidade estética.
A exposição estará patente ao público do dia 10 de Junho ao dia 15 de Julho de 2006, de Terça-Feira a Domingo entre as 12 e as 24 horas. Encerra às Segundas-Feiras.
About the author

José Ribeiro Antunes, shortly Antunes, was born in Montes, Montes parish, Municipality of Alcobaça, Portugal. He began drawing quite early, when he was just five years old, under the influence of his uncle, Luís Bonifácio Antunes (1927-1972), a talented writer and a brilliant journalist from Alcobaça.
Since then, José Antunes has never stopped drawing, namely with graphite pencil, one of the techniques in which he specialized. He participated in several individual and collective exhibitions, and was responsible for the section "Desenhos e Caricaturas de Antunes", continuously published in the regional newspaper O Alcoa during the years of 2000 and 2001. José Antunes works since 1980 in SPAL, S.A., a local porcelains company, where currently he is a ceramic modeller.

About the exhibition

(C) Antunes
In this exhibition José Antunes presents a selection of drawings made in the last two decades, including several portraits, sketches of Portuguese famous people, caricatures, as well as some drawings of greater fictional dimension. The exhibition will be open to the general public (entrance free of charge). It will be officially opened in the afternoon on 10 June 2006 and it will last up to the 16th of July 2006. The exhibition hours will be:
Monday: closed
Tuesday to Sunday: 12:00-24:00


Fotos da Exposição


José Antunes junto de alguns dos seus desenhos.



Secçãode caricaturas.


© Bazar das Monjas

Raquel Romão observando alguns dos trabalhos do autor.


Fotos © Bazar das Monjas

Etiquetas: ,

O Mosteiro de Santa Maria de Cós

The Monastery of Santa Maria de Cós
O mosteiro de Santa Maria de Cós, tal como hoje o conhecemos, surgiu apenas no século XVI. A iniciativa deveu-se ao abade comendatário de Alcobaça, D. Afonso, filho de D. Manuel I, que iniciou a sua construção. O seu irmão Henrique, que viria a ser rei de Portugal, também abade comendatário no mesmo convento iria prosseguir as obras do Mosteiro de Cós, terminando a construção da igreja, do dormitório, do coro e tudo mais.
The monastery of Santa Maria de Cós, as far as one can admire it today, was built in the 16th Century. The initiative was due to commendatory abbot D. Afonso, son of D. Manuel I, who started its construction. Afonso’s brother, Henrique, that later would become king of Portugal, was also commendatory abbot in the Monastery of Cós, and continued the works started by Afonso. He then finished the construction of the church, of the nun’s dormitory, nun’s chorus, and all more.




Hoje o que resta do mosteiro é a igreja e, anexa a esta, a sacristia. Para Sul, adossado a meio do corpo da igreja, fazendo com ela um ângulo recto, levantam-se ainda os dos pisos do dormitório, janelas esventradas a que foram arrancadas as cantarias para as utilizar em outros edifícios.
Today what it remains of the monastery is the church and, attached to it, the sacristy. For South, attached to the half of the body of the church, making with it a straight angle, there are still two floors of the dormitory, some damaged windows to which the original stone casings were removed as materials to employ in the construction of other buildings.

Como sucedeu por todo o país os séculos XVII e XVIII trouxeram as reformas, reconstruções e redecorações de edifícios. Assim terá sucedido com o Mosteiro de Coz. O único elemento quinhentista evidente é o portal manuelino, que dava entrada a nascente para o coro. Trata-se com grande probabilidade de uma obra realizada durante o abadessado de D. Afonso, iniciado em 1519.
As happened all over the country, the 17th and 18th centuries brought the reforms, rebuilding and the redecoration of the buildings. So it happened with the Monastery of Coz. The only evident Sixteenth century element that remains is the vestibule of the time of D. Manuel, allowing the East entrance into the choir. With great probability this wok was undertaken in the period of abbot D. Afonso, initiated in 1519.

A crer nas datas inscritas na fachada Sul da igreja, as obras de que resultou o actual edifício situam-se nos últimos três ou quatro decénios do século XVII. O portal de entrada leva à data de 1671.
Believing in the dates carved in the South façade of the church, the works that resulted in the actual building took place in the last three or four decenniums of the 17th Century. The main entrance portal leads to the date of 1671.

O templo é constituído por uma nave abobadada com meia centena de metros de comprimento. O corpo da igreja acessível aos leigos, entre o coro e o altar-mor, situa-se a Poente ficando este último, contrariamente ao habitual, virado a Oriente. O tecto da nave é preenchido por oitenta caixotões de madeira pintados em policromia e recentemente objecto de magnífico restauro. O corpo do edifício é revestido interiormente até ao tecto por azulejos datados do final do século XVII e inícios do século seguinte. Separando o coro da igreja, encontra-se uma grade em madeira recentemente instalada. No coro, o magnífico cadeiral recentemente restaurado é composto originariamente por cento e seis assentos. O que significa que o Mosteiro possuiria o mesmo número de celas para outras tantas monjas, a permitir formar uma ideia da sua dimensão. Magnífico também é o revestimento azulejar da sacristia, constituída por dez painéis setecentistas historiados com cenas de debuxo do final de Quinhentos, da geografia de Bernardo de Claraval.

Imagem de S. Bernardo (parcialmente destruída)

S. Bernardo image (partially destroyed)


The temple is constituted by a central vaulted nave with half hundred meters of length. The body of the church which is accessible to the laymen, between the choir and the high altar, is situated in the Western side of the building, being the high altar uncommonly turned eastwards. The roof of the central nave is filled up with eighty polychrome painted wood panels that were recently object of a thoughtful restoration The interior body of the building is covered up to the roof with ceramic tiles of between the end of the 17th century and the beginning of the 18th century. Separating the chorus of the church there is a wooden grill which was recently installed. At the choir, the magnificent quire recently repaired comprises one hundred and six seats, which means the monastery would then have an equal number of cells for the same number of nuns, which shows the dimension of the convent. Also magnificent is the ceramic tile revetment of the sacristy, composed of ten History panels from the 18th century showing sketch scenes from the end of the 16th century, pertaining to the geography of S. Bernardo de Claraval.

© Nelson Silva 2005

D. Fernando, Abade de Alcobaça, fundou o Mosteiro de Santa Maria de Cós a 20 de April de 1279. Mais tarde, no Século XVI, o edíficio foi transformado na casa conventual das Monjas de Cister.

D. Fernando, Abbot of Alcobaça, established the Monastery of Santa Maria de Cós in 20th of April 1279. Later on, in the sixteenth century, the building was transformed in the conventual house of the nuns of the Order of Cister

Pormenor do campanário

Detail of the belfry


Nave Central do Mosteiro de Santa Maria de Cós.

Central Nave of the Monastery


Vista do Altar-mor

View of the high altar


Pormenor da Sagrada Família

Detail of the Holy Family



Pormenor dos castiçais do retábulo.

Detail of the altarpiece candlesticks



Sala do coro

Choir room



Sacrário

Sacrary



Imagem de S. Bento

S. Bento image

Num artigo recentemente publicado no Jornal "O Alcoa" (edição de 30 de Agosto de 2007), que seguidaqmente transcrevemos em duas partes, o Prof. Gérard Lerour lança-nos mais alguma luz sobre a por vezes atribulada história do Mosteiro de Cós.

Artigo publicado no Jornal O Alcoa pelo Prof. Gérard Leroux (imagem 1 de 2, carregue para ampliar)

Artigo publicado no Jornal O Alcoa pelo Prof. Gérard Leroux (imagem 2 de 2, carregue para ampliar).

A Rádio Cister publicou entretanto em Setembro de 2007 uma magnífica foto-reportagem sobre o Mosteiro de Cós, a qual se encontra publicada na íntegra no seu site (ir ao menu Arquivos e ver Foto Reportagem). Reproduzimos aqui um exemplo dessas belíssimas fotografias (carregue sobre elas para as ampliar):


Fonte: Rádio Cister (Setembro de 2007).
Veja mais em: Rádio Cister (menu Arquivo - Foto reportagem)

Etiquetas: , ,

A Aldeia de Cós

Foral de Cós (carregue na imagem para ampliar)

Reza alguma História que sete séculos antes de Cristo, terão fundado os fenícios, próximo de Alcobaça, uma colónia a que deram o nome de Cós, em memória da ilha com o nome de Kos, de que então eram senhores, pertencente ao arquipélago de Esporádes, nas proximidades das costas da Ásia Menor.
Cós é hoje uma freguesia do concelho de Alcobaça, situada a cerca de 7 km desta cidade, possuindo 14,82 km² de área e 2 043 habitantes (2001). Densidade: 137,9 hab/km².
According to some historical records, the settlement of Cós, located about 8 km from Alcobaça, was founded by the Phoenicians in the seventh century before Christ. The colony was baptized Cós in memory of the island with the name of Kos, of which the Phoenicians were landlords, pertaining to the archipelago of South Sporades, in the proximities of the back of ancient Anatolia (today Kos is best known as a Greek island belonging to a group of islands referred to as The Dodecanese Islands). Today Cós is one of the eighteen parishes of Alcobaça Municipality. With an area of about 14.8 square kilometres and 2043 inhabitants (2001 census), most of its population is currently concentrated in its three major settlements: Póvoa, Castanheira and the small village of Cós.

Cós era um dos coutos de Alcobaça, tal como resulta do foral da vila de 1514, recebido do Rei D. Manuel I. Como toda a região esteve durante muito tempo sob a influência dos monges cistercienses, baseados no Mosteiro de Alcobaça. Foi sede de concelho até ao início do século XIX. O antigo município era constituído apenas pela freguesia da vila e tinha, em 1801, 753 habitantes.
Cós was one of the Alcobaça “Coutos” (name given to those lands, mainly of ecclesiastical property, that enjoyed royal immunity) that was granted Foral law in 1514 by King D. Manuel I. As all the region, Cós was during much time under the influence of the cistercian monks of the Monastery of Alcobaça. Up to the beginning of 19th Century, Cós had the statute of “Villa” or municipality seat. The old municipality was then constituted only by the village which had, in 1801, about 753 inhabitants

A padroeira da freguesia é Santa Eufémia.
Tha patron saint of the parish is Santa Eufémia.


Imagem de Santa Eufémia existente no Mosteiro de Cós
Image of Saint Eufémia

Igreja de Santa Eufémia, padroeira de Cós

Church of Saint Eufémia, patron saint of Cós

Vista panorâmica da aldeia medieval de Cós

Panoramic view of Cós medieval village




Vista panorâmica, a cores, da aldeia de Cós na actualidade (clique para ampliar)

A coloured panoramic view of Cós village in the present.


Ermida do Bom Jesus do Calvário de Cós (vulgo Capela de Santa Rita)

The chapel of Bom Jesus do Calvário (also known as Chapel of Santa Rita)

Etiquetas: ,

sexta-feira, junho 09, 2006

O Bazar das Monjas de Coz

Raquel Romão. Gestora do Bazar das Monjas de Coz.
Raquel Romão, Manager, Bazar das Monjas de Coz
O Bazar...

O Bazar das Monjas de Coz foi inaugurado no dia 5 de Junho de 2004, em cerimónia presidida pelo Pe. José da Silva, pároco da Freguesia de Cós, Alcobaça. É um espaço multifuncional cujo projecto de Arquitectura tem a assinatura dos arquitectos Maria José Freire e António Correia de Oliveira, do atelier ArQuia - Arquitectura, Design e Urbanismo, Lda., da Batalha. Inclui uma loja de conveniência rural, um bar/cafetaria e um espaço destinado à comercialização de produtos locais. São já famosas as suas "Tostas de Cister", bem como as peças de porcelana (placas, pratos e canecas) decoradas com motivos locais relativos ao Património (Mosteiro de Santa Maria de Cós, Igreja de Santa Eufémia, Ermida de Santa Rita, Igreja da Senhora da Luz e Igrejas de Santa Marta e da Senhora da Graça, entre outros).
Os nossos contactos são:
Bazar das Monjas de Coz
R. Prof. José dos Santos Teodoro, 24
2460 – 396 Cós ◦ Alcobaça ◦ Portugal
Tel. & Fax ++ 351 - 262 544 227
Tlm. ++ 351 - 91 904 16 13
bazardasmonjas@gmail.com
The Bazar...
The Bazar das Monjas de Coz was inaugurated in the 5th of June 2004, in a religious ceremony chaired by the local parish priest, Mr. Rev. José da Silva. It’s a multifunctional space whose architectural project had the signature of architects Maria José Freire and António Correia de Oliveira, from atelier ArQuia - Arquitectura, Design e Urbanismo, Lda., with headquarters in Batalha, Portugal. It includes a convenience rural store, a bar/coffee house and a space designed for the trade of local products. Are already famous its “Cister Toasts” as well as the porcelain pieces (plates, dishes and mugs) decorated with local themes pertaining to the local patrimony (Santa Maria de Cós Monastery, Santa Eufémia Church, Chapel of Santa Rita, Senhora da Luz Church, and Santa Marta and Senhora da Graça churches, amongst others).

Our contacts are:

Bazar das Monjas de Coz
R. Prof. José dos Santos Teodoro, 24
2460 – 396 Cós ◦ Alcobaça ◦ Portugal
Tel. & Fax ++ 351 - 262 544 227
Tlm. ++ 351 - 91 904 16 13
Fotos do Bazar...
Some photos...


A magnífica Tosta de Cister, com molho de salsa rosa, uma especialidade do Bazar das Monjas
The superb "Cister Toast", with bunch of pink parsley, a speciality of the Bazar das Monjas de Coz



Tosta de Kos, com queijo, presunto, atum e molho especial

Kos Toast, with cheese, ham, tuna and a special bunch



Como chegar...(clique na imagem para ampliar)
How to find us... (click on image to enlarge)



Etiquetas: ,

As Monjas de Cós

Tanto quanto se sabe a fundação do Mosteiro de Cós, em 1279, deve-se a um Abade alcobacense com o nome de D. Fernando, em cumprimento de uma cláusula testamentária estabelecida por D. Sancho I. A data do estabelecimento da casa conventual parece porém ser anterior àquela, já que em 1241 há conhecimento da existência das freiras de Cós. Em Cós começaram por instalar-se algumas mulheres, possivelmente viúvas, talvez merceeiras, buscando um viver retirado. Assim sendo, ter-se-lhes-ia concedido em mercê, abrigo e protecção em troca de serviços espirituais: orações pelas almas de vivos e dos mortos. Essas mulheres seriam umas virtuosas viúvas que, instaladas em Cós lavavam as roupas dos frades bernardos de Alcobaça. Estas obrigações mais terra-a-terra sem dúvida, mas igualmente servindo a santa religião nas pessoas dos seus fiéis monges. Estes libertos destas tarefas mais comezinhas, como seriam as de desencardir, lavar, passar, remendar, costurar as próprias roupagens, mais tempo lhes sobraria para servirem a Deus e cuidarem da sua avantajada herdade.

Com isto as virtuosas viúvas servindo os bernardinos obteriam contrapartidas terrestres, nomeadamente no que se refere a géneros alimentares. Entretanto mais ou menos por volta de 1532 as viúvas deram lugar a mulheres de condição matrimonial não especificada, mas sós. Eram já muito mais numerosas do que as viúvas e formaram uma comunidade de freiras.

Estas mudanças fizeram-se a par de uma alteração nos hábitos dos bons frades que, diminuindo de número, tornando mais equilibrada a relação masculino/feminino, abrandaram também o rigor da observância. Nos primeiros tempos a roupa dos frades era lavada pelas comuns viúvas sem se ter em conta o seu proprietário, num serviço não personalizado. Porém com o decorrer dos tempos cada um dos bernardos passou a escolher a sua própria lavadeira, dirigindo-se a uma ou outra, em conformidade com as suas preferências. Como contrapartida dos serviços prestados, os monges de Alcobaça providenciaram a que nada faltasse às damas, incluindo alimentação, alojamento e tudo o mais necessário.
The Nuns of Cós
As much as is known the foundation of the Monastery of Cós, in 1279, was due to an abbot from Alcobaça, named D. Fernando, fulfilling a testamentary clause stated by the King D. Sancho I.The establishment date of the conventual house seems however to be previous to that, since in 1421 there was already knowledge of the existence of nuns in the village.

Some women searching for a retired life - probably widows or grocers - began to settle in Cós still before the foundation of the monastery. Thus, shelter and protection would have been granted in mercy to these women, in exchange for their spiritual services which mainly consisted of prayers for the souls of the living and of the dead. These women would act as virtuous widows who, once installed in Cós, were taking care of the garments of the Cistercian Bernard of Clairvaux monks from Alcobaça’s monastery.

These obligations, actually more earthly but also believed to serve the holy religion personified in their faithed monks who, released from domestic tasks such as sewing, clothes washing, mending, and others, could dedicate more time to serve God and to farm and maintain their agricultural lands and property.

With this the virtuous widows that were serving the Cistercian monks would obtain earthly counterparts, namely food products. In the meanwhile, roughly by the year of 1532, the widows gave place to women of unspecified marriage condition, but alone. They were already much more numerous than the widows and formed a community of nuns


Etiquetas: ,